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Preços altos assustam público na Bienal do livro em Maceió.

  • Foto do escritor: Cultura Fluída
    Cultura Fluída
  • 21 de nov. de 2019
  • 3 min de leitura

Valores que não se adequam ao bolso de todas as classes, pouca variedade de alimentos e atritos com ambulantes surpreenderam as pessoas que prestigiaram a 9º edição da bienal do livro (AL).


Por: Juliana leandro e Anderson Claudio


Entre os dias 1 a 10 de novembro aconteceu a 9º edição da bienal do livro do estado de Alagoas, tendo como palco este ano o bairro histórico do Jaraguá. Um dos principais objetivos do evento era proporcionar um ambiente que pudesse abranger todas as classes sociais. Contudo, apesar dos vários elogios recebidos por proporcionar uma experiência diferente e mais cultural para seu público, essa edição da bienal deixou a desejar em um ponto: alimentação.

Praça de Alimentação. Foto: Juliana Leandro

O local reservado para as barraquinhas de food truck na Praça Dois Leões ─ em um espaço que já era utilizado como praça de alimentação antes do evento ─ conseguiu arrancar vários elogios do público que em sua maioria pertencentes a classe média/alta e dos vendedores que estavam comercializando ali.

Ainda assim, alguns vendedores reclamaram que o calor prejudicava um pouco sua mercadoria, mas que era algo natural “Calor, muito quente. Principalmente meus produtos que são feitos com chocolates, mas está tudo muito bem organizado, eu estou gostando muito e o público também” relatou Maria Helena, gerente da barraquinha Brownie da Jena.

Os preços salgados e pouca variedade de produtos não agradou as outras classes como alguns estudantes que declararam ser mais vantajoso trazer o seu alimento de casa. Além da exclusão dos ambulantes que já trabalhavam dia-a-dia no Jaraguá, gerou uma polêmica no dia 13 de novembro, onde os comerciantes locais tiveram sua energia cortada.


  • Erika Santana, estudante de jornalismo (Ufal)


A assessoria responsável pelo evento informou que o problema havia sido sancionado porém os trabalhadores alegaram que a pequena “guerra” continuava e os que não foram realocados só permaneceram no Jaraguá porque “bateram o pé” e se recusaram a deixar o local.

Dona de uma barraquinha de pastel, Samira informou que estavam com todos as contas pagas e que os organizadores da bienal estariam incomodados com a presença deles no local. Segundo o assessor Samir, toda a parte burocrática ficou por conta de uma empresa terceirizada (Brazel) que realizou a seleção dos comerciantes que iriam trabalhar no evento. Muitos comerciantes que já trabalhavam naquela área foram retirados do local e realocados para o estacionamento de Jaraguá.

O que foi uma medida bastante preocupante já que eles ficaram afastados do evento, com isto, seria importante ressaltar que se estivessem mais próximos os preços seriam mais acessíveis e teria diversidade para todas as classes sociais, o que poderia ser uma opção a se considerar, já que os preços ofertados por ambulantes locais estavam bem mais acessíveis. Mas segundo Samir, assessor da bienal foi realizado um acordo junto aos ambulantes com a prefeitura. Segundo Samira uma ambulante que trabalha no Jaraguá relata a medida tomada pelos os organizadores da prefeitura e de como se manteve em seu ponto de venda mesmo com a decisão .

Mesmo com todos os problemas os ambulantes estavam felizes, e relataram um grande aumento em suas vendas, alegando que o público que estava prestigiando a bienal achava melhor comprar seus lanches com eles por ter preços mais acessíveis e várias opções de produtos. Roberta, que participava do evento, relatou que os preços estavam “absurdamente altos” e que o melhor seria comer em casa.

Alguns participantes gostaram da organização e dos preços ofertados pelos comerciantes no evento, como relata Bianca que achou legal os preços, mas crítica a falta de alimentos mais saudáveis com mais opções naturais. “Eu estou achando legal, mas deveria ter mais opções de frutas”. Além de observar a falta de acessibilidade para cadeirantes na praça de alimentação.


consumidoras lanchando. Foto:Juliana Leandro

Apesar dos conflitos, as vendas foram bem lucrativas para ambos os comerciantes. Os ambulantes não cadastrados que conseguiram permanecer nas redondezas contam que a bienal ser realizada na rua foi ótimo para os negócios, já que os clientes vão até eles, sem que tenham a necessidade de se locomover para o centro de convenções, onde o evento costumava ser realizado em suas edições anteriores



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