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Angélica Rizzi leva literatura infantil para crianças da rede pública de ensino alagoana

  • Foto do escritor: Cultura Fluída
    Cultura Fluída
  • 21 de nov. de 2019
  • 5 min de leitura

A cantora, compositora, jornalista e escritora Angélica Rizzi foi uma das atrações da 9ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas.


Por: Sarah Lima, Luiz Arthur e Raphael Silva


Entre tantos temas presentes na 9ª Bienal Internacional do Livro Alagoas, a contação de histórias chamou atenção das crianças presentes no evento. Uma das responsáveis por levar alegria às tardes foi a jornalista, escritora, cantora, compositora e contadora de histórias Angélica Rizzi. Com 14 livros publicados, sendo 7 infantis, a autora gaúcha participou do evento pela 2° vez consecutiva.


Recheado de muita risada e interação, o encontro contou com a presença de turmas de escolas públicas alagoanas, que se revezavam em grupos para participar da atração. Angélica começa contando a história do seu livro lançado na Bienal Internacional Alagoana de 2018, “O Pituco”. Livro que mostra a história de um cãozinho que foi abandonado em uma praça pública, e ganhou o amparo das crianças que estudam na pequena escolinha ao lado. De acordo com a autora, além da história infantil, o livro também tem o papel de conscientizar as crianças sobre a adoção de animais e a importância do cuidado.



A animação das crianças foi presente em cada momento da história. Para Sheila Cardoso, pedagoga que atua na educação infantil, a contação de história é essencial para o desenvolvimento da criança. “Contribui principalmente para o desenvolvimento do aluno como sujeito, pois a forma lúdica permite que ele faça uma análise de tudo que está ao seu redor, desenvolvendo uma consciência sobre temas importantes e que ele também possa se posicionar diante da sua realidade”. Sheila ainda recomenda a ferramenta para todas as crianças. “Indico porque é fundamental. A leitura fortifica a relação da criança com sua família e aproxima ainda mais o leitor com o mundo em que ele está inserido.”, afirmou a profissional.


Angélica, contadora de história há dez anos, lançou o primeiro livro “Manuelito e o palhaço tristonho" na feira de livros de Porto Alegre. A contadora fez o livro pensando em inovação e interatividade. Feito em papel reciclado, a obra é trilíngue. Tem escrita de sinais para surdos, o sign write, língua inglesa e portuguesa. Além de seus livros infantis, ela também conta com livros de contos e romances, direcionados para o público com mais idade.


Em relato, Rizzi falou sobre a importância da música na contação de história, “eu tenho um livro que foi lançado em 2011 ‘Sol e as Ovelhas’, que fala da relevância da musicalização na infância. Esse livro foi também escrito para surdos e fala de uma menina que a partir da música perdeu a timidez. Eu componho, a música sempre me acompanhou e facilitou muito para que eu escrevesse poesia, prosa e músicas infantis. O artista é um porta voz, geramos uma identificação, um sentimento naqueles que estão ouvindo”, explicou.


Ao final da história, as crianças cantaram uma canção que ensinava a respeitar o espaço do outro, pois para a música ser representada em harmonia, cada um teria que esperar sua vez de cantar.


Sobre o novo livro infantil de Angélica Rizzi: "O Jardineiro Grego"


A obra conta a história de um senhor de 90 anos que zela por uma praça nas proximidades de sua casa. Hélio Kazantakis, nascido na Grécia, é conhecido pelos vizinhos do Bairro das Rosas como o ‘Jardineiro Grego’. Com simpatia e alegria de viver, o jardineiro busca preservar a praça de seu bairro plantando árvores, cultivando amigos e ajudando animais abandonados.




Sobre Angélica Rizzi e sua trajetória:


Com uma trajetória profissional que contabiliza quase duas décadas, Angélica Rizzi é atualmente um dos principais nomes femininos do meio artístico do Rio Grande do Sul. Possui 14 livros publicados; uma coleção poética em cinco títulos chamada “Arco-Íris Poético” (2002); um livro de contos intitulado “Clube dos Solitários” (2010); um romance “O Poeta mais Velho do Mundo” (2011); cinco obras de literatura infantil: “Manoelito o palhaço tristonho” (2009); ‘Sol e as Ovelhas’ (2010); “Júlia a estrelinha” (2011) , “O Pituco” (2015) e o ‘Jardineiro Grego’ (2018). Lançou dois livros infanto-juvenis: “Todos os amigos de Clarice” (2016) e “A Filha do Poeta” (2017).


Na carreira musical, Angélica possui três CDs lançados “Águas de Chuva” (2009); “Angélica Rizzi à italiana” (2011) e “Se Somos Nós”, lançado em dezembro de 2016. Em seu álbum mais recente, a cantora ganhou o Prêmio Açorianos de Música 2016|2017 de “Melhor Intérprete Pop”. Os livros de Angélica Rizzi já foram adotados em diversas escolas do RS e em instituições de ensino de SP, RJ, MG e AL. A autora já participou de dezenas de feiras do livro e eventos culturais Brasil afora. Suas composições podem ser ouvidas em várias rádios do Brasil e em emissoras de países como Uruguai, Argentina, Japão, Itália e Peru.


Entre janeiro e fevereiro de 2017, a artista divulgou seu trabalho literário e musical em Montevideo, La Plata (ARG), Buenos Aires e Lima no Peru. A artista gaúcha foi entrevistada num dos principais programas da Rádio Uruguay 1050 AM, El Mural. Angélica também esteve na TV Pública Argentina. No dia 23 de abril do ano passado, Angélica foi entrevistada e foi a artista da semana na rádio peruana Bossa Nova Peru Radio. A escritora foi escolhida patrona da IX Feira do Livro Infantil de Porto Alegre no ano de 2015. Em outubro de 2017, foi convidada da 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas.


Já em 2018, Rizzi participou como autora convidada das Feiras do Livro de Igrejinha, Ivoti, Caçapava do Sul, Gramado, Bento Gonçalves, Travesseiro, Santiago, entre outras. Além disso, a artista se apresentou em diversos palcos da capital como o Bar Ocidente, Teatro Renascença, Sala Álvaro Moreyra, Clube de Cultura, Teatro de Arena, no Foyer do Theatro São Pedro, solar dos Câmara entre outros.


A contação para a criança


Fátima Vilela, funcionária do Centro Municipal de Educação, ressaltou a importância da contação de histórias na educação. “Diariamente nós fazemos a esta atividade. Existe uma união do imaginário e do real e, com essas ferramentas, trabalhamos todo esse desenvolvimento cognitivo e intelectual das crianças”.


Ela também destacou uma ocasião que, por conta de uma história, as crianças mudaram seu comportamento. “Elas estavam muito desorganizadas na escola, por isso contei a história do Beleléu, um menino que gosta de tudo muito organizado. Hoje eu consigo observar essa mudança na organização pela identificação que o personagem passou para eles”, disse a pedagoga.



Em todo momento da história, as crianças puderam exercitar o intelecto e trabalhar o lazer socioeducativo, respondendo as perguntas feitas por Angélica, cantando e dançando na frente dos colegas de classe, imaginando o decorrer de toda a história e relacionando o faz de conta e os personagens com a realidade.


Para Rizzi, o lúdico tem um papel fundamental na vida da criança, que vem da transmissão de conhecimento e das experiências de cada um. “O autor vai falar sobre as peculiaridades da obra, quem o inspirou. Acho muito bacana. Isso vai enriquecendo o leitor, que depois leva os ensinamentos para a vida. Os livros encurtam o caminho para os nossos sonhos.”, contou a escritora.

 
 
 

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